segunda-feira, 23 de junho de 2008

Lab # 27 e Lab# 28

Visualização de alguns clips de filmes classificados como foundfootage.

Foundfootage

Foundfootage é um termo utilizado no universo das imagens em movimento que descreve um método de compilar filmes ou partes de metragens que não foram criadas pelo realizador , alterando assim o seu significado com é editado e colocando num novo contexto. Não deverá ser confundido com documentário ou filmes de compilação. É também não ser confundido com stockfootage. O termo se refere ao " objecto " achado (trouvé de object) da história de arte.

Filme Experimental e Vanguardista

O artista Joseph Cornell produziu um dos primeiros “found films” com a remontagem de “Leste de Borneo”, combinado com pedaços de outros filmes, num trabalho novo, que ele intitulou de Rosa Hobart, nome da atriz principal. O filme dele é notável pela sua forma surrealista e continua a influenciar os mais recentes cineastas. Quando Salvador Dali viu o filme, ficou enfurecido pois acreditava que Cornell lhe tinha roubado a ideia dos seus pensamentos.

Em contraste com o uso de Cornell, os filmes estruturais ou "Materialfilm" (alemão) frequentemente exige que o artista só use material preferencialmente de origem desconhecida, sem conteúdo muito definido, e condição física pobre. Este material poderia ser tratado de qualquer forma que o artista escolhsse, completamente sem tratamento, contanto que ele ignorasse qualquer significado ou conteúdo do material da fonte.

O segundo renascimento do foundfootage emergiu depois de Bruce Conner com “Um Filme " (1958). O filme mistura clips disparatados sobre o capitã de um submarino que parece ver uma mulher escassamente vestida pelo periscopio e responde incendiando um torpedo que produz uma explosão nuclear seguido por ondas enormes montadas por surfistas . Conner continuou a produzir vários outros filmes de foundfootage onde se incluem " Report”, e " Take the 5:10 to Dreamland " entre outros.

Subseqüentemente, filmes por Ernie Gehr, Ken Jacobs, e Bill Morrison (o realizador) enfatizou as imagens com manipulações secundárias como tratamento de imagem ou reduções em velocidade como no filme “24 Hours Psico " de Douglas Gordon no qual reduz a velocidade do filme de Alfred Hitchcock até ás 24 horas de duração.

Stan Brackage usou found imagery (imagistica – imagens geradas mentalmente) para o film " Murderer Psalm " (1981) enquanto numerosos outros realizadores de vanguarda incorporaram pedaços de foundfootage nos seus trabalhos.

Outros utilizadores notáveis desta técnica são Craig Baldwin nos filmes "Spectors of the Spectrum”," Tribulation 99"e "O No Coronado.". Bill Morrisson trabalhou com foundfootage perdido e negligenciado em arquivos de filmes em 2002 no seu trabalho “Decasia ". Outra entrada notável no canhão do foundfootage é o “Lyrical Nitrate” de Peter Delpeut .

Cinema Comercial

Outro uso comum de procuras de metragem acharam para material com conteúdo de reconhecimento que é editado em estruturas mais narrativas. Por meios de editar, som e, voz em cima deou inserção de legendas, o realizador belisca a interpretação da audiência de certo modo que aceita a " nova " verdade da história. Normalmente o footage é de origem desconhecida, porém, se footage com conteúdo reconhecivel (footage comercial, histórico ou famoso) é usado o resultado pode ser o de uma paródia ou uma declaração política.O termo que descreve este gênero é " mockumentary ".

Um dos primeiros exemplos em cinema popular é Orson Welles' " F for Fake "( F para Fraude) (1974), no qual se joga com verdade e ficção e parece ser capaz a prova cada uma das suas declarações. Outro exemplo do uso de foundfootage está no primeiro filme de Woody Allen, “What's Up Tiger Lily" no qual o Allen levou um filme de espião japonês por Senkichi Taniguchi, completamente ré-editou isto e escreveu uma nova banda sonora composta com diálogos dele próprio para efeito cômico.

Um terceiro significado de founfootage propôs a invenção de formatos de Televisão que caracterizaram filmes estranhos e vídeos, principalmente feito por amadores, combinados com outtakes de filmes profissionais de vídeo, como também sensações e acidentes de brincadeira e espetáculos.

a proposta deste laboratório partiu do conceito acima referidos do foundfootage, consistiu no seguinte:

Dádas duas pastas com footage destinadas a este laboratório: uma de imagem outra de som, e formando dois grupos de alunos:o grupo A e o Grupo B, foi feita uma visualização do footage existente, que posteriormente foi seleccionado de acordo com um princípio ou conceito formulado por cada grupo.


O grupo A partiu da ideia de romance e narrativa para criar um filme.

O grupo B partiu da ideia de movimento interno das imagens para produzir o seu trabalho.

Seguem-se os resultados deste laboratório.






terça-feira, 27 de maio de 2008

Lab# 25 e Lab#26

Fusão: s.f. 1 acto ou efeito de fusão, 2 FÍSICA passagem do estado sólido para líquido, o efeito do calor, 3 estado da substância derretida pelo calor, 4 QUÍMICA acto de dissolver uma substância no estado líquido, 5 junção; mistura, 6 aliança; sindicato; COMÉRCIO fusão de empresas união de uma ou mais empresas em uma única, que se torna uma nova empresa; FÍSICA fusão de núcleos atómicos aglomeração luz com libertação de energia, obtido através de uma redução de massa.

Fusão é um rótulo dado à necessidade de dois ou mais artigos que tratam do mesmo assunto estão reunidos sob um título. O resultado desta operação é um artigo que contenha o conteúdo de ambos os originais e uma revista ou mais re - direcionamentos.

Confusão: s.f. 1 acto ou efeito de confusão, falta de ordem 2, clareza, 3 desordem; balbúrdia, tumulto, 4 perturbação, 5 ruído, 6 perplexidade, 7 vergonha; confusão mental dos papéis global de transtorno mental caracterizado por obtusão, por distúrbios na percepção, memória, a orientação do tempo e do espaço; desordenada em confusão.

Confusão é o estado de uma pessoa que você não pode concentrar de forma adequada, ou está a realizar actos mal. Também não é o termo usado para definir um relacionamento inter pessoal caótica.


Lab # 25

A proposta deste laboratório partiu dos conceitos acima descritos, em grupos de 2 ou 3 estudantes: Captura de vídeo 10 planos fixos, com 15 segundos cada e captura de som 10 amostras com 15 segundos cada.

Foi feita uma análise e selecção do material com a finalidade de separar o material recolhido de acordo com os conceitos iniciais: o que pertence ao tipo “fusão” e o que pertence ao tipo “confusão”. Procedeu-se a um projecto (storyboard, guião) para a edição e produção de um vídeo com as imagens e sons capturados e, de acordo com um dos conceitos acima descritos. Nenhum vídeo poderia ter duração superior a 5 minutos.


Lab # 26

Os grupos trocaram de projectos entre si e fizeram um breefing de 20 minutos para colocar questões ao grupo que elaborou o projecto, sobre quaisquer duvidas sobre a montagem e pós-produção do mesmo.

Seguem-se respostas a esta proposta:








segunda-feira, 12 de maio de 2008

Lab# 23 e 24 - 23 de Abril e 7 de Maio, 2008

Visualizações
Ensaio geral de “A floresta” de Luigi Nono


http://myspacetv.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=19919492 Tubismo musical: apresentação de Roberto Russo com performance de Alexandro Biagi intitulada "Mercado Branco" - execução para tubo de ar. http://www.lastfm.pt/music/Luigi+Nono/+videos/+1-y2oWvxgdS4c
Maestro


O papel do maestro, regente ou condutor é dar uniformidade a um grande contingente instrumental ou vocal para que todas sigam o tempo, a dinâmica e o andamento indicado na partitura, pois sem ele cada músico ou cantor perderia a marcação do tempo em relação aos outros. Em síntese, ele é o chefe do grupo, aquele que dita as ordens, impondo na maioria das vezes a sua "interpretação" à obra musical. Porém a figura do maestro ditador, prepotente e arrogante vem entrando em decadência há um bom tempo, e as grandes orquestras do mundo vêm preferindo assim regentes que se coloquem no mesmo nível dos outros integrantes da orquestra, sabendo que eles estão ali juntos para fazer música e não impor ordens.

Aliando a este conceito o conceito de Composição em Tempo Real a proposta de trabalho deste Laboratório consistiu no seguinte:

Cada aluno escolheu um objecto (ou objectos) de uso corrente, apropriado ou adaptado por si para funcionar como seu instrumento. Após a selecção do seu instrumento cada aluno teve 15 minutos de tempo de ensaio a solo para demonstrar e testar os diferentes tipos de sonoridade do objecto que escolheu. Cada aluno escreveu uma pauta, utilizando qualquer tipo de anotação, para escrever uma composição .

Seguem-se os exemplos das pautas:















Pauta do Maestro









Pauta para Bolas chinesas










Pauta para Abajour e Copos Plásticos




















Pauta do Maestro









Pauta para Candeeiro e Caixa (caixa das bolas chinesas)











Pauta para
Copo Plástico o e Folha de Acetato.












Pauta para Abajour



















Pauta do Maestro














Pauta para Abajour, Garrafa e
Folha de Acetato.















Pauta para Garrafa, Bolas Chinesas e Folha de Acetato.


























Pauta para Candeeiro e Caneta.

























Pauta para lata de Coca-Cola.





























Pauta para Garrafa de Leite com Chocolate.



Fez-se uma cópia de cada composição para cada 1 ou dois instrumentos dependendo dos microfones que estivessem a partilhar, ou seja cada executante teve acesso á pauta quando na execução da composição.

Cada aluno irá gravou em tempo real a composição escrita por si, e durante a sua execução foi o maestro que conduziu os restantes instrumentistas.

As composições foram registadas em ficheiros áudio e vídeo.

Seguem-se registos em vídeo das composições:




















Prof.ª Maria Jorge Martins mariajorgemartins2@gmail.com

Lab # 20 e 21 e 22 - 2,9 e 16 de Abril , 2008

Visualização de um excerto da entrevista com Tony Buzan sobre

Mind Maps





A proposta para este laboratório começou com a construção de um mapa mental pessoal, partindo de conceitos de interesse pessoal.Por cada item do seu mapa mental cada aluno deveria produzir e capturar um som que reflectisse o conceito do item, e que deveria ser produzido com uma fonte sonóra não reconhecida (objectos variados de uso corrente).
















Exemplo de mapa mental produzido no Laboratório:


As composições produzidas durante este Laboratório deverão ser apresentada no decurso do mês de Junho.

Prof.ª Maria Jorge Martins mariajorgemartins2@gmail.com

quarta-feira, 26 de março de 2008

LAB #19 19 de Março 2008

Visualização de um excerto da entrevista com Brien Eno
Sobre a voz.



Partindo do conceito de voz como objecto de produção sonóra, neste laboratório, pretende-se entender a potêncialidade da produção e transformação de um determinado som trabalhando sobre ele de uma forma directa e manipulando-o por forma a conseguir uma grande variedade de objectos sonóros , que posteriormente serão utilizados para composição.

Oblique Strategies

Brien Nino e Peter Schmidt criaram uma série de cartões a que chamaram Oblique Strategies (estratégias oblicuas), por forma a variarem a forma de trabalho e a conseguirem resultados livres de barreiras conceptuais ou quaisquer outras limitações á criação.
Assim sempre que o trabalho se encontrava num impasse, retiravam um cartão e a partir da reflexão sobre o que nele estava escrito, alteravam a forma como estavam a trabalhar.


A proposta deste Laboratório foi a aplicação deste método não só para a captura como para a manipulação da voz.

Estes são os exemplos produzidos na aula:












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quinta-feira, 13 de março de 2008

LAB #18 12 de Março 2008

Visualização de dois excertos de um documentário "Listen" de Miroslav Sebestik com John Cage em 1992.





John Cage Convida-nos a ouvir o som esquecendo o passado sonóro das nossas memórias auditivas. Ouvir como se fosse a primeira vez e trabalhar o som a partir desse ponto, é o conceito enerente á proposta que se seguiu.

Um dos métodos de composição de John Cage consistia na utilização do I ching, (um Oráculo Chinesê), para selecionar o material de trabalho. Assim pelo processo antigo, lançava três moedas, e por cada três moedas iguais correspondia uma linha continua, por cada duas moedas iguais e uma diferente correspondia uma linha discontinua. Construindo um exagrama de baixo para cima com as 6 linhas respeitantes ao lançamento da moeda, selecionava as amostras com que trabalhava e também os conceitos através dos quais trabalhava as suas composições.

A proposta deste Laboratório é a aplicação deste método como base de produção de composições sonóras.

Eis as respostas a esta proposta:










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quarta-feira, 12 de março de 2008

LAB #17 05 de Março 2008

Iniciação á matéria som - distribuição de informação sobre acústica, captação e gravações sonoras. Conceitos básicos de som.

Tomando como ponto de partida o conceito de "percurso" (todos os conceitos do dicionário), foi pedido a cada aluno para descrever um percurso á sua escolha com 10 pontos de paragem escolhidos por si.Em cada ponto de paragem o aluno gravaria um som e ao final do percurso teria que ter 10 amostras desse percurso. Estas amostras foram gravadas para uma base de dados única, e distribuída esta última por todos os computadores.

A partir da base de dados criadas cada aluno escolheria até 10 amostras de som, que não correspondesse ao seu percurso, e produzisse a partir daí uma faixa sonora que não ultrapassasse os 3 minutos.

Eis as respostas dos alunos









Prof.ª Maria Jorge Martins - Mariajorgemartins2@gmail.com

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

LAB #15 e #16 - 6 e 13 de Fevereiro 2008


Nestes dois laboratórios - que marcaram o final do semestre - formaram-se grupos de trabalho com o objectivo de organizar e conceber o formato de apresentação final dos vídeos desenvolvidos em laboratórios anteriores.


Apresentação: Lab#14






Apresentação: Lab#13


Apresentação: Lab#10 e #11

Nota: Gostava de sublinhar o empenho e entusiasmo dos alunos que participaram nestes laboratórios: Arnar Asgeirsson, Fernando Veiras, Gonçalo Sousa, João Garcia, Laura Etoreana, Madalena Parreira, Manuel Suárez, Matthys Diederiks, Sílvia das Fadas, Sònia Armengol, Tiago Oliveira e Zoe Weiner.

Prof.ª Maria Mire - mariamire@sapo.pt

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

LAB #14 - 30 de Janeiro 2008

Neste laboratório elaborou-se uma composição sonora para um clip de vídeo fornecido. Os quinze samples de som facultados foram a base para a sonorização deste vídeo, em que se concebeu o resultado final como um todo.





Nota:
O clip fornecido, corresponde a um excerto do vídeo realizado por Luísa Homem para a peça de teatro "Receita para me ouvires", uma criação colectiva de Flávia Gusmão, Hugo Sequeira, João C. Araújo, Vítor D'Andrade e Cátia Pinheiro, a partir de crónicas de António Lobo Antunes.

Prof.ª Maria Mire - mariamire@sapo.pt

LAB #13 - 23 de Janeiro 2008

Criar um circuito fechado de vídeo foi a proposta lançada aos três grupos de trabalho entretanto criados. Esta instalação videográfica não tinha somente como objectivo reter o potencial espectador numa situação paradoxal em relação à percepção da sua imagem, mas também o de procurar relações operativas no espaço arquitectónico onde estes dispositivos se inseriam.







Nota:
Os exemplos apontados no início do laboratório correspondem aos trabalhos realizados pelos seguintes artistas:

DAN GRAHAM –Present Continuous Past(s)
PETER CAMPUS - Interface
NAM JUNE PAIK –TV Rodin
DIETER FROESE – Not a Model for a Big Brother´s Spy-Cycle
BRUCE NAUMAN - Live-Taped Video Corridor
- Video Surveillance Piece: Public Room, Private Room

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

LAB #12 - 16 de Janeiro 2008

Formados quatro grupos de trabalho, desenvolveu-se durante este laboratório uma sequenciação de vídeo constituída por excertos de filmes disponibilizados tendo como elemento estruturador a base sonora fornecida.







Notas:
1. A base sonora é da autoria de Jonathan Saldanha (a.k.a hhyScumclash). Consultar:www.soopa.org
2. Para visionar um dos exemplos dados no início do laboratório, La Société du spectacle, realizado por Guy Debord em 1973 ir a: www.ubu.com

Prof.ª Maria Mire - mariamire@sapo.pt

LAB #10 e #11 - 2 e 9 de Janeiro 2008


O Caderno é um projecto, desenvolvido desde o início das aulas, que teve, nestes dois últimos laboratórios, espaço para a apresentação das várias contribuições nele inscritas, assim como a visualização dos primeiros resultados dos vídeos realizados - filmados através do olhar da personagem construída e adensada ao longo dos últimos quatro meses.






Prof.ª Maria Mire - mariamire@sapo.pt